terça-feira, 26 de março de 2019

As comemorações do Dia Mundial do Teatro

As comemorações do Dia Mundial do Teatro



No dia 27 de março, no Brasil e em todo o mundo, comemora-se o Dia Mundial do Teatro. Espetáculos teatrais, encontros e eventos celebram essa arte, ressaltando seu significado e sua importância. O Dia Mundial do Teatro foi criado, em 1961. pelo Instituto Internacional de Teatro, ligado à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A primeira mensagem do Dia Mundial do Teatro foi escrita pelo escritor e dramaturgo francês Jean Cocteau, em 1962.

O teatro lida com emoções, colocadas num palco diante de todos. Chama-se de teatro as obras de arte criadas para serem representadas num palco por atores. Os atores emprestam o corpo e a voz para viver os personagens criados pelos autores. Os autores de teatro, por sua vez, são chamados de teatrólogos ou dramaturgos.

De uma forma ou de outra, o teatro é uma experiência marcante, humana e reveladora. O palco é o lugar onde as pessoas se reconhecem. Não é por outro motivo que Shakespeare aconselhou seus atores a não perderem a simplicidade: "Pois tudo que é forçado deturpa o intuito da representação, cuja finalidade é exibir um espelho à natureza: mostrar à virtude sua própria expressão; ao ridículo sua própria imagem e a cada época e geração sua forma e efígie" (Hamlet, Ato 3, cena 2).

O teatro em Guaçuí



Em comemoração ao Dia Mundial do Teatro, o Grupo Teatral “Gota, Pó e Poeira” se apresentou no último fim de semana em Guaçuí, com dois de seus espetáculos: A estória do homem que vendeu sua alma ao diabo e quase perdeu o seu amor (comédia) e O acerto de contas (drama).

A comédia foi apresentada no sábado, dia 23, às 20 horas, para um bom público que pôde se divertir com a história de Severo em busca de consolidar o seu amor com a doce Felícia, filha de um coronel rígido que só pensava em dinheiro. A comédia agradou, principalmente porque interagiu com a plateia, tornando a sua realização ainda mais próxima e também por trazer elementos da cultura capixaba.

Já o drama teve sua estreia no domingo (24), no mesmo horário. O texto foi inspirado na dramaturgia de Shakespeare, da obra Otelo, em que narra a trajetória de um general negro que mata sua esposa devido à inveja de seu alferes, o ambicioso Iago. Os dois se reencontram tempos e dialogam sobre o acontecido. A montagem, com os atores Ronilson Pires e Jacimar Henrique faz uma reflexão sobre problemas atuais como o feminicídio, o jogo de poder e a intolerância racial.



As comemorações em Curitiba



De Guaçuí para a capital paranaense, o Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira abre praticamente a programação do Festival de Teatro de Curitiba, na Mostra de Teatro de Rua do Fringe, que acontece anualmente. O espetáculo “A estória do homem...” terá seis apresentações, começando neste 27 de março, às 10h, na Praça Rui Barbosa. Depois, no período da tarde, será reapresentada na Praça Bento Munhoz Rocha Neto, às 15h.

Com uma história de 35 anos, o Grupo vem fazendo diversas apresentações comemorativas, enfatizando a força do teatro capixaba e a cultura de Guaçuí.

Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Efeitos da atividade física sobre mulheres com câncer de mama

Efeitos da atividade física sobre mulheres com câncer de mama


O envolvimento na atividade física dos pacientes diagnosticados com câncer de mama foi significativamente associado com diminuição da mortalidade, aumento das funções fisiológicas e alterações nos biomarcadores metabólicos. Os principais resultados de saúde foram o aumento das funções cardiorrespiratórias, força muscular e componentes das células imunes. Em particular, o treinamento aeróbio foi significativamente associado ao aumento das funções cardiorrespiratórias, como melhora na absorção máxima de oxigênio e diminuição da pressão arterial.
O treinamento de resistência foi significativamente associado ao aumento da força muscular corporal, e dos membros inferiores e superiores, além da melhora da flexibilidade. Foi constatado também melhora do sistema imunológico pelo aumento de células natural killers e linfócitos.
Esses estudos encontraram algumas limitações, como tamanhos de amostra relativamente pequena, períodos de intervenção curtos e desgaste elevado. Para aumentar o poder estatístico, os estudos futuros devem utilizar tamanhos de amostras maiores e períodos de intervenção mais longos para examinar maiores resultados de saúde entre os pacientes diagnosticados com a doença.
Durante as intervenções cirúrgicas, o desgaste elevado induzido pela recorrência do câncer, os efeitos colaterais do tratamento ou a morte súbita devem ser minimizados para aumentar a qualidade do estudo. Além disso, a intensidade da atividade física pode desempenhar um papel significativo nos projetos de estudo, mas o nível de intensidade não foi consistentemente relatado, ou seja, o importante é praticar alguma atividade!
Muitos trabalhos recomendaram atividade física de intensidade moderada, enquanto vários estudos recomendaram atividade física de intensidade vigorosa. Assim, os estudos atuais não fornecem evidências conclusivas sobre quais a intensidade da atividade física é mais benéfica para os sobreviventes. O que podemos dizer é que a maioria dos trabalhos demonstrou que a atividade física está associada à redução da mortalidade e da recorrência do câncer e à melhoria dos resultados gerais de saúde entre as pessoas diagnosticadas com a doença, mas uma investigação adicional é necessária para comparar esses resultados com estudos sobre câncer de mama.
Em geral, os pacientes que se envolveram em maiores quantidades de atividades físicas tiveram maiores benefícios para a saúde em comparação com aqueles quenão estavam envolvidos em nenhum esporte. Os estudos sugeriram que as pacientes podem ter os maiores benefícios para a saúde se caminhar com intensidade moderada em comparação com outros tipos de atividade física (por exemplo, atividades recreativas, esportivas ou ocupacionais).
O aumento do risco de mortalidade por câncer de mama foi maior entre os sobreviventes com estilo de vida sedentário em comparação com aqueles que eram fisicamente ativos. Portanto, os estudos encorajaram os pacientes diagnosticados com a doença a se envolverem em atividades esportivas para reduzir possíveis efeitos colaterais ou um mau prognóstico do câncer de mama após o diagnóstico.
Referências: J Cancer Prev. 2013 Sep; 18(3): 193–200. doi: 10.15430/JCP.2013.18.3.193/ PMCID: PMC4189463 The Effects of Physical Activity on Breast Cancer Survivors after Diagnosis.                                                                                                        
Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.


Enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Rua Dr. Cesário Motta Jr., 61 - Vila Buarque - São Paulo (SP)
Foto: Google imagens
  

quarta-feira, 20 de março de 2019

Cuidados para corredores e esportistas bissextos


Cuidados para corredores e esportistas bissextos
Os atletas bissextos, ou mais conhecidos como "atletas de fim de semana”, são os tipos mais comuns de praticantes de atividades físicas na população, já que não praticam com a frequência adequada, ou somente no sábado e/ ou domingo. São aqueles que na segunda-feira vem ao consultório com dores musculares, ou então muito provavelmente sentindo dificuldade em andar e agachar, além de sentir a perna pesada, dura ou até mesmo “cansada”. Isso sem falar nas lesões!

Nestes casos, as lesões esportivas acabam sendo diferentes quando comparadas aos dos atletas de alto nível ou até mesmo os amadores que praticam regularmente, os quais tem uma planilha de treinamento e fazem um trabalho de fortalecimento e preparo físico adequado.

Quando questionados no consultório sobre o esporte que praticam comumente a resposta é: “Eu ando no fim de semana no parque, passeio com o cachorro na rua, limpo a casa toda, ando muito para chegar ao trabalho, ou jogo uma pelada com os amigos toda semana!". São algumas das frases comuns que ouço como resposta.
Estamos falando sobre isso porque a falta de treinamento adequado expõe esses “atletas" à lesões ainda mais complicadas do que as que já conhecemos. Essa coluna pretende falar com todos os tipos de atletas, inclusive os de fim de semana, para alertar a todos e, quem sabe, prevenir o acontecimento de lesões que prejudicam a saúde e performance.
Hoje em dia, o atleta profissional sofre com a carga de treinamentos e o atleta de fim de semana sofre com a falta de condicionamento físico, que é um fator de sobrecarga diária que compromete o rendimento e potencializa a lesão. Essas lesões podem ser divididas quanto ao tempo, em "agudas" e "crônicas", e quanto ao mecanismo, em "traumáticas" e "atraumáticas".
Lesão aguda tem duração curta e surge rapidamente. Lesão crônica é de longa duração e ocorre de forma persiste e lenta.
As lesões agudas são lesões geralmente traumáticas súbitas e intensas que ocorrem imediatamente, ou dentro de algumas horas e provocam dor súbita. A maioria das dores agudas resultam de impacto ou trauma como queda, entorse ou colisão, sendo bastante óbvia a causa da lesão provocando inflamação: dor, vermelhidão, calor, inchaço (edema).
Lesões crônicas, por outro lado, podem ser sutis e de desenvolvimento lento. Por vezes surgem e desaparecem, e podem provocar uma dor pouco menos intensa. Normalmente é resultado de excesso de uso, mas também podem desenvolver-se quando uma lesão aguda não é tratada de forma apropriada. Ou mantem-se a prática inadequada do esporte.
As lesões traumáticas são provenientes de um trauma causado por contato direto ou indireto. Representam a maioria dos acidentes em esportes como futebol, basquete, vôlei, tênis, corrida, etc., por causa da natureza dinâmica, da colisão, dos desníveis do percurso e de alta velocidade desses esportes. Estas lesões variam de contusões, passando pelos estiramentos e as rupturas musculares, fraturas, entorses luxações e até concussões.

As lesões atraumáticas são aquelas causadas principalmente por sobrecarga nos tecidos como as tendinites, canelites, fasceites e as famosas bursites.

Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.
Enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Rua Dr. Cesário Motta Jr., 61 - Vila Buarque - São Paulo (SP)


terça-feira, 19 de março de 2019

Dia Nacional de Atenção à Disfagia

Dia Nacional de Atenção à Disfagia

Dia 20 de março é o Dia Nacional de Atenção à Disfagia. A data foi escolhida porque nesse sai, em 2010, foi  publicada a Resolução CFFa (Conselho Federal Fonoaudiologia) nº 383, que dispõe sobre as atribuições e competências relativas à especialidade em Disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.
As alterações da deglutição são diagnosticadas e tratadas conjuntamente por médicos, enfermeiros, nutricionistas e, fundamentalmente, fonoaudiólogos, que são os profissionais aptos ao trabalho específico da função.
A Disfagia não é uma doença por si só, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, sendo imprescindível a orientação e tratamento adequados, pois além de provocar problemas emocionais e isolamento social, traz consequências tais como: desidratação, desnutrição e pneumonia, podendo chegar ao óbito.
A atenção e o auxílio a pessoas com dificuldades em engolir são importantes para diminuir as complicações provocadas pela Disfagia e, ao sinal de qualquer alteração, deve-se procurar um fonoaudiólogo!
Marina Padovani é professora do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.


Enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Rua Dr. Cesário Motta Jr., 61 - Vila Buarque - São Paulo (SP)

segunda-feira, 18 de março de 2019

CULTURA DO ESTADO PROMOVE ENCONTROS EM VITÓRIA



CULTURA DO ESTADO PROMOVE ENCONTROS EM VITÓRIA


Passado o carnaval, o ano novo começa finalmente; e com isso muitos projetos estão sendo previstos para a cidade e região. Na semana passada, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult-ES) começou uma série de encontros com os aprovados em seus editais, e a agenda cultural começa ganhar corpo com diversas atrações que vão circular pela capital e interior. Inclusive os coletivos Guaçuienses participaram de reunião em Vitória, nesta semana.



Coletivo Guaçuí Em Cena participa de reunião



A convite da Secretaria de Estado da Cultura – Secult-ES, os atores Matheus Soares e Lucas Almeida participaram de evento em Vitória, na Biblioteca Estadual, sobre o edital nº 04/2018, de incentivo a novos coletivos artísticos, em que aprovaram o projeto de teatro e leitura “O menino que virou história”.

A reunião teve por objetivo proporcionar uma maior interação entre os aprovados no prêmio, e também que cada um apresentasse suas ações culturais, que vão de lançamento de livros a shows, sempre com elenco de jovens na faixa etária de 18 a 29 anos. A outra parte do evento foi comandada pelas técnicas da Secult, quando explanaram sobre as contrapartidas do edital e divulgação dos projetos.

O Coletivo Guaçuí Em Cena nasceu do Ponto de Cultura do Gota, Pó e Poeira, e desde então vem apresentando diversos trabalhos teatrais, com destaque para os três últimos: “Entreatos de amor e humor”, “Lixo – um problema nosso” e “O menino que virou história”.

Comemoração do Dia da Água



Antes de seguir viagem para Curitiba, o Grupo Teatral “Gota, Pó e Poeira” fará uma apresentação especial em Vitória, no dia 21 de março, no período da tarde, no Parque Moscoso, em comemoração ao Dia da Água. A peça “O guardião do rio” será uma das principais atrações da Cesan, e servirá como reflexão sobre a necessidade de proteção às nascentes.

No espetáculo, uma nascente é sequestrada pelo Dr. Esgoto cabendo ao guerreiro Kumini enfrentar os perigos para resgatá-la. Em sua aventura tem contato com diversos problemas que assolam o meio ambiente, desde a devastação das florestas ao assoreamento dos rios. A peça é apresentada pelo grupo desde 1991, sendo sempre atual a sua abordagem de conscientização.

O Grupo Gota pretende reapresentar esse trabalho em Guaçuí, mas para isso precisa de parcerias para que o mesmo chegue aos alunos e instituições de nossa cidade.

Dia Mundial do Teatro tem comemoração antecipada



Em comemoração ao Dia Mundial do Teatro, o Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira se apresenta neste final de semana em Guaçuí, com dois de seus espetáculos: A estória do homem que vendeu sua alma ao diabo e quase perdeu o seu amor (comédia) e O acerto de contas (drama).

A comédia será apresentada no sábado às 20 horas; e o drama no domingo, neste mesmo horário. Os ingressos estão sendo vendidos na bilheteria do teatro a preço promocional: R$ 5.

Quem quiser rir ou fazer uma reflexão sobre a existência humana, não pode deixar de comparecer ao teatro. Os dois espetáculos têm uma carreira de sucesso e embarcam para Curitiba na próxima semana.


Carlos Ola, Professor, ator, redator e diretor teatral.








quinta-feira, 7 de março de 2019

A importância da prática de atividade física por idosos


A importância da prática de atividade física por idosos

Como ortopedista, recebo muitos pacientes idosos com queixas de dores musculoesqueléticas generalizadas. Elas ocorrem pelo fato de o envelhecimento celular ocasionar uma desordem da homeostenose (perda de reservas orgânicas e funcionais que é uma característica inerente do avançar dos anos), promovendo declínio estimado de algumas funções e maior vulnerabilidade a doenças em todo o corpo como as cardiovasculares, infecções, neoplasias e no caso da minha especialidade: as artropatias e doenças degenerativas osteomusculares.
Na terceira idade (estabelecida a partir dos 65 anos pela Organização Mundial da Saúde) as dores articulares e degenerativas aumentam e ocorre a redução da capacidade funcional, por isso é importante manter a independência e prevenir a incapacidade, reabilitando esses pacientes e garantindo qualidade de vida. A atividade esportiva ajuda a prevenir e melhorar as condições físicas e mentais do paciente geriátrico, desde que bem orientado e medicado (quando necessário).
Muitos adultos com idades entre 65 anos ou mais, gastam em média, 10 horas ou mais por dia sentado ou deitado, tornando-os o grupo etário mais sedentário. Eles estão pagando um alto preço por sua inatividade, com maiores taxas de quedas, obesidade, doenças cardíacas.
Por isso, conforme envelhecemos, torna-se ainda mais importante permanecermos ativos, pois nossos corpos declinam a função e a atividade física ajuda a retardar essa degeneração, inclusive podemos falar até em progressão, ou seja, com o passar dos meses o condicionamento melhora e podem até ser intensificados. Atividade física nos ajuda a permanecer saudável, com energia e independente à medida que envelhecemos.
Há fortes evidências de que as pessoas que estão ativas têm um menor risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, depressão e demência. Do ponto de vista ortopédico melhora a mobilidade articular, alongamento e flexibilidade, isso sem falar na resistência física e muscular que melhora com a prática esportiva.
Se você não tem dor e pratica esporte, irá reduzir o risco de doença mental, ser capaz de sair e ficar bem independente na velhice. É aconselhado a manter-se sempre em movimento. Pode começar com uma simples caminhada diária de 15 minutos, ou 3 vezes por semana de 20 minutos. Obviamente, esses valores terão que ser adequados a cada perfil. 

Consideramos atividade física o que faz seu corpo se manter em movimento com aumento da frequência cardíaca em pelo menos acima de 10% da basal. Pode incluir desde uma simples caminhada até a prática de esportes coletivos. Idealmente, podemos tentar alguma coisa todos os dias, de preferência em episódios de 10 minutos ou mais. Uma forma de atingir o que a OMS considera ideal (150 minutos de atividade moderada)  é fazer 30 minutos em pelo menos cinco dias por semana, sendo que 75 minutos de atividade rigorosa mais de uma vez por semana é tão benéfico quanto 150 minutos de atividade moderada.

Exemplos de atividades aeróbicas de intensidade moderada incluem andar rápido, dançar, hidroginástica ou natação, andar de bicicleta em terreno plano ou com poucas colinas, jogar tênis ou peteca de duplas. Além da parte aeróbica tente orientar fazer algumas atividades que trabalham os músculos. Isso pode incluir musculação, pilates, yoga, tai chi ou outras artes márcias. 

Tarefas diárias, como fazer compras, cozinhar ou trabalho doméstico, não contam para seus 150 minutos, porque o esforço não é forte o suficiente para aumentar a sua frequência cardíaca, embora eles ajudem a quebrar o tempo de sedentarismo.

Nunca é tarde demais para adotar um estilo de vida mais ativo. Adultos mais velhos que estão ativos irão reduzir risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral a um nível semelhante como as pessoas mais jovens que estão ativos. Se por outro lado esteve inativo por um tempo, você pode construir sua atividade gradualmente até atingir os níveis recomendados. Você ainda vai ver melhorar a sua saúde no processo, e vai ver reduzir o risco de quedas e de outras doenças. 

Vamos começar?
Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.
Enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Rua Dr. Cesário Motta Jr., 61 - Vila Buarque - São Paulo (SP)

Foto: Google imagens

Doenças da vesícula



As doenças da vesícula biliar são as que acometem esse órgão, que faz parte do trato digestivo. Ele se localiza abaixo do fígado, do lado direito superior do abdome. A função dela é armazenar a bile, que o fígado produz para o processo de digestão. 

Depois que o estômago esvazia, entre meia hora e uma hora depois de se alimentar, a vesícula e estimulada a esvaziar a bile que está armazenada nela. A bile tem uma função na digestão das gorduras, quebrando as moléculas de gordura para serem absorvidas no intestino, além de controlar a flora intestinal no trato digestivo. 

As doenças que mais acometem a vesícula biliar são o cálculo de vesícula; os pólipos, que são pequenas verrugas causadas pelo excesso de colesterol; verrugas/adenomas dentro da mucosa da vesícula; e, por último e menos frequente, os cânceres que podem acometer a vesícula biliar e são mais graves.

 A doença calculosa da vesícula biliar, que é mais benigna e muito mais frequente, acomete mais as mulheres do que os homens, na proporção de 1,5 a 1,8 paciente do sexo feminino para cada homem, levando 500 mil indivíduos no Brasil à mesa de cirurgia. 

André de Moricz, mestre e doutor em Medicina (Cirurgia) pela FCM/Santa Casa, é Professor Adjunto e Chefe do Grupo de Vias Biliares e Pâncreas do Departamento de Cirurgia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

 Texto enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Rua Dr. Cesário Mota Jr, 61 – Vila Buarque – São Paulo – SP

sexta-feira, 1 de março de 2019

Conheça a Escoliose Estrutural


Conheça a Escoliose Estrutural



Na #DicaDeFisio dessa semana você conhecerá uma das formas da Escoliose, a chamada ESCOLIOSE ESTRUTURAL

Cerca de 80% dos casos de escoliose estrutural são idiopáticos, ou seja, o diagnóstico não consegue identificar a causa do desvio da coluna.

A escoliose estrutural é uma condição grave e progressiva, que tende a comprometer cada vez mais a qualidade de vida do paciente se não for tratada rapidamente, podendo gerar consequências e desconfortos no dia-a-dia.

Enquanto o tipo funcional geralmente manifesta apenas uma curvatura lateral da coluna, o tipo estrutural apresenta além do desvio para os lados, uma rotação (torção) da coluna em seu próprio eixo, como se você estivesse torcendo um pano após lavar um chão.

As definições mais atuais da condição apontam que não basta definir a escoliose estrutural como um desnível vertebral, pois isso não dá conta da complexidade do diagnóstico.

É, portanto, preciso considerá-la como uma deformidade nos 3 planos do corpo —  frontal, sagital e transversal —, geralmente progressiva e com severo comprometimento da postura.

Além disso, a escoliose estrutural apresenta saliências ou proeminências, devido à rotação vertebral, que são chamadas de gibosidades ou gibas.

Dentro do tipo estrutural, pode-se subclassificar o desvio em:

IDIOPÁTICA - nesse caso não é possível determinar a origem ou a causa do desvio da coluna, sendo que alguns pesquisadores e especialistas atribuem múltiplas causas associadas à condição.

O desvio colunar idiopático pode ser dividido de acordo com a faixa etária que o paciente apresenta os sinais:

INFANTIL – do nascimento até os 2 anos de idade: é uma condição rara e os fatores mais estimados são a posição de nascimento e a posição que o bebê, após o parto, mantém ao dormir. Nessa fase, a escoliose leve acomete mais meninos e tende a se resolver com medidas simples, como o alongamento;

JUVENIL – dos 3 aos 9 anos de idade;

ADOLESCENTE – dos 10 aos 18 anos de idade: curvaturas menores (escoliose leve) ocorrem em proporções semelhantes entre meninas e meninos, mas os desvios mais acentuados acometem 4 pacientes do sexo feminino para cada 1 do sexo masculino;

ADULTO –  após os 18 anos de idade: ocorre após a formação completa dos ossos. Alguns estudos classificam o tipo como Escoliose Idiopática do Adulto (EIA).

No entanto, atualmente alguns pesquisadores e especialistas utilizam outra subclassificação para a escoliose idiopática, dividindo-a em:

PRECOCE – até os 5 anos de idade: o quadro tem maior impacto na formação do coração e pulmões, podendo gerar problemas na vida adulta;

TARDIA – após os 5 anos: apesar de comprometer a qualidade de vida, o quadro que ocorre após os 5 anos tende a não impactar de modo severo na saúde cardíaca e respiratório do paciente, pois os órgãos já estão quase ou completamente formados.

Há pacientes que são mais suscetíveis ao encurvamento da coluna, sobretudo durante a puberdade, devido ao crescimento corporal (chamado de estirão).

Nesse período da adolescência, o corpo tende a apresentar rápido crescimento, que pode acentuar a curvatura indevida da estrutura vertebral, mas, ainda assim, nem sempre há sintomas (como dores ou desvio perceptível).

Gostou das dicas? Quer saber mais? O Fisioterapeuta Maikon Mendes Miranda atende de segunda a sexta a partir das 17 horas na Clínica Espaço Saúde/ProVita na Av. Emília Miranda Grando, próximo a sede da OAB em Guaçuí-ES.

Para marcar uma consulta ou um atendimento ligue, ou mande uma mensagem via WhatsApp, para (28) 99955-3594

Tem dúvidas, quer sugerir algum tema para as próximas semanas? Envie um e-mail para maikonmendesft@gmail.com

E não se esqueça de deixar seu comentário. Até a próxima semana!

Fonte: minuto saudável