terça-feira, 8 de setembro de 2020

A CULTURA SE ADAPTA A UMA NOVA REALIDADE

 


Tertúlia reuniu poesia, música e teatro

Aconteceu no último sábado, às 14h, ao vivo, a live “Tertúlia Poético-Teatral – O amor e seus caminhos”, transmitida pela TV-E e youtube. Com trechos das obras teatrais “Um solo para dois atores”  e “A cor desta noite”, e poemas e crônicas  do livro homônimo da jovem escritora Giulian Soares Ola, este colunista  Carlos Ola e seu filho Carlos Gabriel Soares Ola, apresentaram um sarau de aproximadamente uma hora de duração, com boa interação do público.

Tertúlia, como foi explicado na abertura do programa, é uma espécie de sarau literário em que reúne membros de uma família ou amigos, e são apresentadas várias modalidades artísticas e reflexões filosóficas ou literárias, tudo em casa. Foi muito comum na Europa, basicamente na Espanha, e se estendeu por algumas cidades do Rio Grande do Sul, no Brasil. Hoje faz parte de programações escolares.

O projeto foi aprovado pelo edital emergencial da Cultura – 1ª etapa – organizado pela Secult-ES e deve foi  disponibilizado em outras plataformas digitais, no Festival Conecta que permanece semanalmente com sua programação.

O grupo de teatro aos poucos busca o retorno



Com a possibilidade de alguns festivais online, o Grupo de Teatro “Gota, Pó e Poeira” retomou alguns ensaios, mantendo os cuidados devido à pandemia que ainda está presente no país, em busca de preparação para cumprir os convites  e pauta com espetáculos de rua e infantil.

Entre os espetáculos está “Que história é essa?”, de rua, que fala de questões políticas e envolve ainda reflexões sobre vida e morte. O tema é atual, trabalha com ironias, e é a montagem mais recente do grupo, com participação de Lucas Almeida, Matheus Soares, Rafaela Carvalho, João Batista de Moraes e Kaio Serafim. A gravação do ensaio deve acontecer na sexta feira, e será direcionada ao Festival de Teatro Cidade de Vitória.

O grupo retoma ainda os ensaios de seu clássico “Para sempre Rapunzel”, com objetivo de cumprir sua agenda no Projeto “Viagem pela literatura – Ver o livro ao vivo e em cores”, da Biblioteca Adelpho Poli Monjardim, de Vitória em outubro e novembro. No elenco: Aline Saraiva, Jacimar Henrique, Edmar da Silva, Eliane Correia, Kaio Serafim, Daniele Lino, Lucas Almeida e João Batista de Moraes. Na técnica Neuza de Souza e Matheus Soares.

As transmissões serão ao vivo e serão transmitidas em plataforma como youtube e facebook.

A Lei Aldir Blanc em Guaçuí



Foi finalizado na semana passada o plano de ação do município a ser postado na Plataforma + Brasil, para que os recursos da Lei Aldir Blanc cheguem a Guaçuí nas próximas semanas. 80% do valor vão ser repassados a espaços culturais cadastrados e referendados pelo Ministério do Turismo e cadastro estadual, e 20% destinados a editais de chamamento, que envolve apresentações de música, teatro, dança, recital literário, exposições  e cultura tradicional, .

A comissão responsável tem se reunido semanalmente para a regulamentação municipal da lei, e é formada por representantes da sociedade civil e por membros da administração pública.

Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.


 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

I webconferência discute aplicação de Lei da Cultura no município

 


Avanços da Lei Aldir Blanc


Diversas lideranças da sociedade civil, artistas e representantes da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte, participaram de uma webconferência no dia 25 de agosto, às 19 horas, promovida pelo Conselho Municipal de Cultura, com objetivo de informar e discutir a Lei Aldir Blanc, de apoio emergencial à cultura nacional com recursos para auxílio à pessoa física, benefícios a espaços culturais e promoção de editais de chamamento e prêmios.

Representantes do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Guaçuí abriram a reunião virtual e, em seguida, o Secretário Municipal Leonardo Ridolfi e a Superintendente de Cultura Maiara Carvalho expuseram os principais informes sobre a lei e como os artistas do município podem ser beneficiados. Informaram ainda que os recursos somente serão liberados pelo Governo Federal a partir de setembro, após constar em sua plataforma o plano de ação deste município, obedecendo a etapas e essas se estendem até o final de outubro.

Participaram dessa reunião representantes das áreas de música, dança, teatro, cinema, artes plásticas, artesanato, literatura e produção de eventos. Novos encontros devem acontecer para informes à população sobre o andamento da lei em nossa cidade, inclusive algumas com participação de dirigentes da região do Caparaó.

Prefeitura entrega Memorial e nova restauração do Cristo Redentor


Aconteceu no dia 14 de agosto, mas vale registrar mesmo que atrasado. A Prefeitura Municipal entregou à comunidade a nova restauração do Monumento ao Cristo Redentor, que contou com parceria de uma importante loja de tintas da região do sul do Estado. É uma colaboração que já vem de oito anos e faz com que a escultura seja preservada, bem como a beleza do monumento para quem visita.

Junto ao Monumento foi colocado um memorial sobre o criador e executor da obra, o artesão Antônio Francisco Moreira, em que relembra suas principais obras, sendo um grande legado cultural não só para Guaçuí, mas também para outras cidades que receberam suas peças, como Salto (SP), Carangola (MG), Colatina e Mimoso do Sul (ES).

Diversas autoridades municipais e membros da família do artista estiveram participando, bem como servidores das diversas secretarias da atual gestão e membros da sociedade civil, incluindo membros dos conselhos municipais de cultura e de turismo.

Sarau virtual vai reunir poesia, música e teatro neste sábado.


Acontece neste sábado, às 14h, ao vivo, transmitido pela TV-E a live “Tertúlia Poético-Teatral – O amor e seus caminhos”, com trechos da obra teatral “Um solo para dois atores” e poemas e crônicas do livro homônimo da jovem escritora Giulian Soares Ola, sendo interpretados por Carlos Ola e seu filho Carlos Gabriel Soares Ola.

Tertúlia é uma espécie de sarau literário em que reúne membros de uma família ou amigos, e são apresentadas várias modalidades artísticas e reflexões filosóficas ou literárias, tudo em casa. Era muito comum na Europa, basicamente na Espanha, e se estendeu por algumas cidades do Rio Grande do Sul, no Brasil.

O projeto foi aprovado pelo edital emergencial da Cultura – 1ª etapa – organizado pela Secult-ES e deve ser disponibilizado em outras plataformas digitais, no Festival Conecta.

Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.


 

 

 

 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

37 ANOS DO GRUPO DE TEATRO GOTA DE GUAÇUÍ

 

O Grupo Teatral “Gota, Pó e Poeira” comemorou seus 37 anos de existência no dia 15 de agosto com uma live de entrevistas com boa parte de seu elenco, comandada pela atriz Aline Saraiva, no último sábado. No encontro virtual pelo instagram, os atores falaram de suas experiências, personagens preferidos, momentos marcantes e o que esperam pós pandemia. Muitas lembranças ainda foram repassadas e o público ficou conhecendo parte da história da companhia.

O surgimento do Grupo


O Gota surgiu em 15 de agosto de 1983, quando um grupo de adolescentes e jovens do movimento da Igreja Católica resolveu montar trabalhos independentes do contexto religioso ou escolar, vendo no grupo uma possibilidade dessa realização. A partir daí, partiram para estudo de textos, pesquisas sobre o ato de fazer teatro e ainda de como estruturar um grupo. Nessa trajetória de 37 anos, os integrantes foram se modificando, porém sempre em busca de oficinas, festivais, mostras e intercâmbios.

A companhia guaçuiense é hoje uma referência no Estado do Espírito Santo, sendo um dos grupos mais ativos das terras capixabas. Seu processo de criação nunca sofreu qualquer interrupção e somada às suas montagens, vieram projetos de circulação de espetáculo, realização de mostras, e ainda a organização do Festival Nacional de Teatro de Guaçuí, que acontece anualmente.

As primeiras apresentações

 

Nesses 37 anos o grupo coleciona muitas histórias e prêmios. Mas para chegar ao estágio de hoje, fizeram desde apresentações em cima de caminhões a palcos grandiosos como os do Rio e São Paulo. As primeira apresentações do grupo foram com as peças “A Verdade” e “O médico à força”, no Salão dos Vicentinos em Guaçuí, e depois no Distrito de São Tiago. A poeira da estrada que dava acesso ao vilarejo parece que entranhou na história da companhia, e de lá para cá, uma importante página das artes cênicas capixabas foi escrita, com montagens que dialogam com Shakespeare, Molière, Soffredine, Guimarães Rosa, Machado de Assis, Bráulio Pedroso,  Magalhães Júnior, entre outros.



Na live do último sábado, participaram o diretor do Grupo – Carlos Ola, e os atores Ronny Pires, Neuza de Souza, Eliane Correia, Jacimar Henrique, Kaio Serafim, Rafaela Carvalho, Danielle Lino, além de ex participantes como Moacir Santos e Kalayne Karla. No chat também estiveram Eder Gaioski, Jacqueline Moreira, Klaus Lucas, Matheus Soares, entre outros, que compõem sua extensa lista de integrantes e apoiadores como Elizete Caser, da Biblioteca Municipal de Vitória, e diretores que já passaram por Guaçuí.


 Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.

 


terça-feira, 4 de agosto de 2020

Autores guaçuienses participam de coletânea estadual



No último domingo, dia 02 de agosto, no final da tarde, aconteceu um momento literário bem especial no Teatro Fernando Torres, quando foi realizado o lançamento da Coletânea InfantoJuvenil II, do Clube de Leitura Letrinhas – “Dando asas a sua imaginação”, da editora Jordem, da qual participam quatro autores de nossa cidade: Dona Gessy Bazani, Rita Cogo, Eliane Correia e Carlos Ola.

Músicos e atores participam do Sarau Literário


O sarau literário foi entrecortado com leituras de trechos das obras dos autores, entrevistas, depoimentos, várias apresentações musicais com Breenda Martins e Kaio Serafim, além de apresentação de uma cena teatral da peça “O guardião do rio”, tendo a participação dos atores Rafaela Carvalho, Lucas Almeida, João Batista de Moraes e Kaio Serafim. A apresentação do evento ficou a cargo de Aline Saraiva.

Além de familiares que prestigiaram o evento e participaram dos depoimentos, amigos e simpatizantes das letras de várias partes do Brasil comentaram na live, sendo esses dos estados do Paraná, Tocantins, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, entre outros. Também houve participação de espectadores do Canadá.

Os autores, na ocasião, agradeceram à presença de todos que acompanharam a live, e ainda aos apoiadores: Câmara Municipal de Vereadores de Guaçuí, Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Espores; Clave de Som, onde os interessados poderão adquirir o livro; aos artistas que estiveram apresentando; aos técnicos Júlio, Wlad e Matheus Soares; e ao Enzo Cogo, responsável pela arte do convite. Sem esse conjunto de instituições e pessoas, o fenômeno cultural não acontece, finalizaram os escritores.


Conselho de Cultura em apoio a Lei Aldir Blanc

O Conselho Municipal de Cultura de Guaçuí vem participando ativamente de diversas reuniões virtuais a fim de compreender e acompanhar de perto os caminhos da Lei Aldir Blanc, sancionada em junho e que direciona recursos para os artistas e instituições culturais que tiveram suas ações paralisadas devido à pandemia do Covid 19.

O Governo Federal ainda está regulamentando a Lei e assim que acontecer essa etapa, cada município receberá recursos para um ou dois eixos da legislação emergencial. Sabe-se que, de acordo com a CNM – Confederação Nacional dos Municípios, somente o eixo II – apoio aos espaços culturais paralisados - será responsabilidade total das esferas locais e no mínimo 20% do eixo III, para editais.

O auxílio emergencial para pessoa física ficará a cargo da Secretaria de Estado da Cultura, e tem direito àqueles que não receberam as parcelas de recursos realizados pela Caixa Econômica, os que não têm emprego fixo e aqueles que não declararam o imposto de renda de 2018, por não ter renda acima de 28 mil.



Grupo Gota prepara live de 37 anos

O Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira realiza neste mês sua live de 37 anos de fundação em data ainda ser divulgada. O espetáculo de comemoração será “A saga amorosa dos amantes Píramo e Tisbe”, que recentemente ganhou como melhor espetáculo de rua no VI Festival Internacional de Teatro de Araçuaí, em Minas Gerais.

O texto é de Lúcio Marques, com direção de Romualdo Freitas.

 

Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.

 


segunda-feira, 20 de julho de 2020

AS COMEMORAÇÕES DO DIA NACIONAL DO ESCRITOR




O começo das comemorações

Segundo pesquisas, 25 de julho — Dia Nacional do Escritor — é o dia escolhido pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido, em 1960, para homenagear escritoras e escritores brasileiros. A escolha dessa data deve-se à realização do I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE), que ocorreu em 25 de julho de 1960.

A partir daquele ano, o dia 25 de julho é comemorado em todo o país. Nessa ocasião, são organizados eventos que buscam valorizar autores e autoras da literatura brasileira e incentivar a leitura de suas obras. Afinal, o país possui grandes escritores e escritoras, como Machado de Assis e Clarice Lispector, que são reconhecidos também em outros países.

Os autores de nossa cidade



Guaçuí é um celeiro de grandes escritores, bem como um lugar especial para abrigar grandiosos talentos desde outras épocas. Foi assim que na década de 30, século XX, que recebeu os irmãos Jerônymo Coelho Braga, Newton Braga e Rubem Braga, que deixaram nas páginas do Jornal “O Espírito Santo” marcas do talento em suas notícias, crônicas e poemas.

Entre os autores guaçuienses ou não, é necessário exaltar a escrita imortalizada de Antônio Carneiro Ribeiro, autor do Hino de Guaçuí e tantos outros importantes sonetos; a prosa filosófica e religiosa de Roosevelt Silveira; a ficção do entorno do Caparaó de Miguel Lamas; e as trajetórias históricas que Miguel Teodoro e Luiz Moulin traçam destas terras; o lirismo de Weber Muller (o Binha) e a acidez e ironia contidas nos poemas de Gilvôn Mapeli; e no teatro a dramaturgia de Carlos Ola.



Nesse grande leque de guaçuienses e não guaçuienses, mas adotados de coração, a literatura guaçuiense registra ainda nomes como Roberto Almada, Renato Pacheco, Francisco Aurélio Ribeiro, Xerxes Gusmão e Luiz Sérgio Quarto, renomados no cenário capixaba.



A presença da literatura feminina de Guaçuí

As nossas autoras são muitas e talentosa. Tem-se a poetisa Heliana Mara, uma das pioneiras, com suas obras saídas desta aldeia e hoje percorrendo o mundo em vários idiomas. E nessa grande trajetória surgem a mestra Ivanete Glória; a longevidade da escrita de Maria Natividade das Neves (dona Cotinha); a guaçuiense ausente Gracinha Neves; e as contemporâneas Irene Stela Antunes, Maria Alice Albani, Márcia Sardenberg, Adriana Chiesa, Veralúcia de Moraes, Sônia Polido; além de Gessy Bazani, Eliane Correia e Rita Côgo inseridas numa  recém coletânea infanto-juvenil; até chegar às jovens Monize Silva Marques e Giulian Soares Ola. Todas elas fortes e decididas, esbanjando desenvoltura nas letras com toda sensibilidade que lhes é percualiar.

Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.


segunda-feira, 13 de julho de 2020

A CULTURA NÃO PODE PARAR!





Conselheiros de cultura em reunião virtual

O Conselho Municipal de Cultura de Guaçuí, em reuniões virtuais com seus conselheiros, está em plena atividade visando à implementação da Lei Aldir Blanc recém sancionada pela Presidência da República e que fará repasses financeiros emergenciais ao setor artístico de todo o Brasil.

O Governo Federal vai destinar 3 bilhões de reais para as manifestações artísticas, espaços culturais, grupos e artistas que tiveram suas atividades paralisadas devido à pandemia do Corona Vírus.



Dentro do que dispõe a Lei Aldir Blanc, os conselhos e fundos municipais terão uma importância muito grande no que diz respeito à validação dos cadastros existentes ou em implantação em cada secretaria municipal de cultura do país. É um mapeamento de todo o fazer artístico que poderá ser utilizado nessa nova legislação ou em outras a partir de agora.

Secretaria realiza cadastro da cultura local



Cerca de 80 pessoas de Guaçuí já procuraram a Secretaria Municipal de Cultura para preencherem o inventário cultural que está sendo realizado em nossa cidade. A princípio esses fazedores de cultura buscam receber os recursos da Lei Aldir Blanc por terem sido afetados pela pandemia da Covid 19, quando foram obrigados a paralisar suas atividades artísticas.



O inventário foi realizado em plantões de duas semanas, mas o artista, grupo, coletivo ou manifestação que ainda não fez pode procurar pelo setor de cultura do município, durante o horário normal de funcionamento. O artista/espaço/grupo também pode se cadastrar independente da nova lei de cultura, pois se trata de um inventário de nosso patrimônio material e imaterial que está sendo promovido.

Exposição 20 anos do Teatro Fernando Torres



Está acontecendo no Teatro Municipal Fernando Torres uma exposição dos 20 anos de inauguração deste importante espaço cultural de Guaçuí. Ela reúne fotos de artistas nacionais que passaram pelo seu palco, bem como de atores capixabas que já nos deixaram e de registros da inauguração de sua obra em 2000.

A exposição também é composta por cartazes de espetáculos apresentados no primeiro ano de sua inauguração que relembram a importância da casa no cenário cultural do Espírito Santo e região.
As visitas à Galeria Zélia Viana de Aguiar, por enquanto, estão sendo limitadas, porém, cumprindo os protocolos sanitários (uso de máscara e álcool gel) é possível agendar. A organização é do artista plástico João Batista de Moraes, com organização da administração do Teatro Fernando Torres.

Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.




segunda-feira, 6 de julho de 2020

Lei Aldir Blanc: Entenda como funciona e quem pode ser beneficiado




O município de Guaçuí está se mobilizando para receber os recursos da Lei Federal 14.017/2020, regulamentando seu CPF Cultural composto de Lei do Conselho Municipal de Cultura, Plano de Cultura e Fundo Municipal de Cultura, bem como realizando um cadastro de pessoas e entidades culturais - previsto como inventário dentro das atividades do seu Conselho de Patrimônio Cultural.

A "Lei Aldir Blanc", como ficou conhecida a lei 14.017/2020, prevê auxílio emergencial para o setor cultural durante a pandemia do novo coronavírus. De autoria da deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e de outros 23 deputados, o texto, aprovado na Câmara dos Deputados no fim de maio, e pelo Senado no início de junho, determina o repasse de R$ 3 bilhões para o setor. A sanção praticamente sem vetos pela Presidência da República ocorreu no dia 29 de junho, e ela agora aguarda MP (medida provisória) para o repasse dos recursos aos municípios.



Quem poderá receber o auxílio?

Trabalhadores que comprovem atuação no setor cultural nos últimos dois anos. Além disso, o trabalhador deve ter tido rendimentos no máximo de R$ 28.559,70 no ano de 2018.

Do valor geral, 20% serão destinados para a manutenção de espaços artísticos e micro e pequenas empresas culturais que tiveram as suas atividades interrompidas por conta das medidas de isolamento social. As empresas precisam comprovar cadastro municipal, estadual, distrital ou de pontos de cultura.

O recurso também poderá ser usado para editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural.


Quem não pode receber o auxílio?

Não poderão receber o auxílio aqueles que têm emprego formal ativo ou que são titulares do benefício previdenciário. O mesmo vale para os beneficiários do seguro-desemprego e para quem já recebe o auxílio emergencial pago a trabalhadores informais (o auxílio da Caixa).



Qual é o valor do auxílio?

A ajuda prevista pela Lei Aldir Blanc varia de R$ 3 mil a R$ 10 mil para espaços culturais e manifestações artísticas coletivas organizadas.

Para trabalhadores informais no setor cultural, a lei prevê uma complementação mensal de renda de R$ 600, em três parcelas.

Já os valores dos editais devem ser estipulados pelo gestor municipal ou estadual.



Há contrapartida obrigatória?

Após a reabertura, os espaços culturais que receberem o auxílio deverão realizar atividades para alunos de escolas públicas gratuitamente, ou promover atividades em espaços públicos, também de forma gratuita; já no campo dos editais e prêmios, atividades de forma semipresencial ou virtual.

Quais outras iniciativas devem ser contempladas?

A lei de auxílio emergencial também servirá para custear editais, chamadas públicas, cursos, produções audiovisuais, prêmios, manifestações culturais, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural, entre outras ações, implementando a cadeia de produção.

Maiores informações na Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes de Guaçuí, ou no Conselho  Municipal de Patrimônio Cultural, este no Teatro Fernando Torres.

Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.