O começo das comemorações
Segundo
pesquisas, 25 de julho — Dia Nacional do Escritor — é o dia escolhido pelo
ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido, em 1960, para homenagear
escritoras e escritores brasileiros. A escolha dessa data deve-se à realização
do I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de
Escritores (UBE), que ocorreu em 25 de julho de 1960.
A
partir daquele ano, o dia 25 de julho é comemorado em todo o país. Nessa
ocasião, são organizados eventos que buscam valorizar autores e autoras da
literatura brasileira e incentivar a leitura de suas obras. Afinal, o país
possui grandes escritores e escritoras, como Machado de Assis e Clarice
Lispector, que são reconhecidos também em outros países.
Os autores de nossa cidade
Guaçuí
é um celeiro de grandes escritores, bem como um lugar especial para abrigar
grandiosos talentos desde outras épocas. Foi assim que na década de 30, século
XX, que recebeu os irmãos Jerônymo Coelho Braga, Newton Braga e Rubem Braga,
que deixaram nas páginas do Jornal “O Espírito Santo” marcas do talento em suas
notícias, crônicas e poemas.
Entre os autores guaçuienses ou não,
é necessário exaltar a escrita imortalizada de Antônio Carneiro Ribeiro, autor
do Hino de Guaçuí e tantos outros importantes sonetos; a prosa filosófica e
religiosa de Roosevelt Silveira; a ficção do entorno do Caparaó de Miguel
Lamas; e as trajetórias históricas que Miguel Teodoro e Luiz Moulin traçam
destas terras; o lirismo de Weber Muller (o Binha) e a acidez e ironia contidas
nos poemas de Gilvôn Mapeli; e no teatro a dramaturgia de Carlos Ola.
Nesse grande leque de guaçuienses e
não guaçuienses, mas adotados de coração, a literatura guaçuiense registra
ainda nomes como Roberto Almada, Renato Pacheco, Francisco Aurélio Ribeiro,
Xerxes Gusmão e Luiz Sérgio Quarto, renomados no cenário capixaba.
A presença da literatura feminina de Guaçuí
As nossas autoras são muitas e
talentosa. Tem-se a poetisa Heliana Mara, uma das pioneiras, com suas obras
saídas desta aldeia e hoje percorrendo o mundo em vários idiomas. E nessa
grande trajetória surgem a mestra Ivanete Glória; a longevidade da escrita de
Maria Natividade das Neves (dona Cotinha); a guaçuiense ausente Gracinha Neves;
e as contemporâneas Irene Stela Antunes, Maria Alice Albani, Márcia Sardenberg,
Adriana Chiesa, Veralúcia de Moraes, Sônia Polido; além de Gessy Bazani, Eliane
Correia e Rita Côgo inseridas numa recém
coletânea infanto-juvenil; até chegar às jovens Monize Silva Marques e Giulian
Soares Ola. Todas elas fortes e decididas, esbanjando desenvoltura nas letras
com toda sensibilidade que lhes é percualiar.
Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.