A história do município de Guaçuí começa quando
num lugar denominado Aldeamento, hoje localização do distrito de São Pedro de
Rates, até princípios do século XIX, era domínio de tribos indígenas, os Puris
(Botocudos). Eles eram ferozes e indomáveis, matavam os colonizadores e não
permitiram durante um longo período de tempo que se ocupassem a região onde se
encontra Guaçuí, pois para aqui se dirigiram refugiando-se do avanço do invasor
português. A fuga se deu também devido à expulsão dos jesuítas pelo Marquês de
Pombal, deixando desamparados os gentios.
A origem
do nome
O nome Guaçuí tem origem indígena e, ao
contrário do que muitos pensam e ensinam erroneamente, não significa “veado pequeno”. Há duas vertentes mais próximas da
etmologia da palavra: segundo o estudo “Topônimos Capixaba”, de José Wlademiro
Emery de Carvalho, significa “Rio Veado”
ou “Águas do Veado”; já no livro “O
incalistrado – Topônimos Capixabas de Origem Tupi”, de Samuel Machado Duarte,
tem o significado “o Rio Grande”
(Guassu-y), como se pronuncia.
Brasão
É de autoria do heraldista professor Arcinoé
Antônio Peixoto, da Enciclopédia Heráldica Municipalista, evoca a raça
colonizadora e principal formadora da nacionalidade.
Suas torres representam uma cidade de segunda
grandeza, ou seja, sede de comarca.
A cor azul é símbolo de justiça, nobreza,
perseverança, zelo e lealdade.
A cruz de Lorena e o braço empunhando um punhal
se constitui no símbolo de São Miguel Arcanjo.
As buzinas de caças, nas laterais, em estilo
boaiadeiro, representam a pecuária.
O triplo mantel de jalde representa a Serra do
Caparaó, centralizando o Pico da Bandeira.
A faixa ondada de blau traz a significação do Rio Veado, que banha a
cidade.
Nos ornamentos exteriores, veem-se o milho e o
café, principais produtos oriundos de suas terras.
Na faixa vermelha, no listel de góles, centraliza o nome de Guaçuí com a frase que Cristo
disse a Lázaro “Surge Et Ambula”
(Levanta-te e anda), ladeado pela data de sua emancipação política em 25 de dezembro de 1928.
A Bandeira
Ela é esquartelada em cruz, lembrando nessa
simbologia o espírito cristão de seu povo. O Brasão aplicado na bandeira
representa o Governo Municipal. O losango branco representa a própria cidade -
sede do município, com glória, esplendor e soberania. Já as faixas amarelas
carregadas de sobrefaixas vermelhas representam a irradiação do poder
municipal; e os quartéis de azul, simbolizam as propriedades rurais existentes
no seu território, com a cor a indicar ainda justiça, nobreza, perseverança,
zelo e lealdade.
O Hino
Traz as referências de sua formação étnica (o
povo indígena), belezas naturais (fauna e flora), desenvolvimento agrícola
(cafezais), suas riquezas minerais, a fé de seu povo e a vida bucólica de sua
gente. A letra é do poeta e professor Antônio Carneiro Ribeiro, com música de
Célia V. Ferraz de Oliveira.
Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.