Durante
sete dias o município de Guaçuí respirou teatro com a presença de grupos e
companhias de diversas partes do país, que encenaram dramas, comédias, musicais
e palhaçaria nos palcos do Teatro
Fernando Torres e nas praças da cidade. O 20º Festival Nacional de Teatro
aconteceu no período de 04 a 10 de agosto e consolidou o seu objetivo de trazer
a Guaçuí espetáculos de qualidade e com uma proposta de reflexão sobre o país e
sobre as artes cênicas.
Seguindo
seus princípios de ser uma mostra competitiva, o festival premiou espetáculos
nas categorias teatro de rua, teatro para infância e juventude, e ainda teatro
adulto, quando saíram os grandes vencedores, respectivamente, as peças “Que festa é essa, criatura?”, de
Londrina – PR; “La Mancha – O cavaleiro trapalhão”, de Porto Alegre – RS; e
“Espera”, de São Caetano do Sul – SP. Também mereceram destaques os trabalhos
“Lavadeiras têm poder”, de Ribeirão Pires – SP; “Da mala que sai”, do Rio de
Janeiro e “Quando as máquinas param”, de Fortaleza – CE.
No
sábado à noite foram conhecidos os vencedores em cada categoria e quesito, e
ainda revelado o ganhador do Troféu Paulo Honório da Costa, oferecido pelo
Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira. O prêmio deste ano ficou para o espetáculo
“Sertãohamlet”, do ator Guido Campos, de Goiânia. Ele fez uma imersão no
universo dos sertanejos do Cariri, que resultou no monólogo apresentado na
terça feira do festival.
Segundo
a coordenação do festival, o público manteve-se fiel em todos os dias das
mostras, com lotação total nos espetáculos para infância e juventude, sempre no
período à tarde; e no período da noite com excelente participação nos horários
das 18 e das 20 horas. Nos espetáculos para infância e juventude escolas do
município de Guaçuí e outros da região do Caparaó estiveram presentes, entre
eles Caiana, Alegre, Iúna, Natividade e Divino de São Lourenço; o que demonstra
o fortalecimento do fazer teatral nessa região que contempla Espírito Santo,
Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em 20
apresentações, temáticas que envolvem a questão da violência contra mulher,
desemprego, reconciliações, ditadura militar, sistema prisional, resgate das
brincadeiras da infância, estiveram presentes com proposta de reflexão e transformação
na sociedade. Com isso houve quem se emocionasse ou se divertisse, o que
demonstra o poder do teatro tanto para quem faz como para quem assiste aos
espetáculos.
O
festival teve a organização do Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira; o apoio do
Funcultura – Secretaria de Estado da Cultura através do edital Secult-ES
023/2018; e realização da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes
de Guaçuí.
Carlos Ola, professor, ator, redator e diretor teatral.