Com o aumento da participação feminina no esporte, a
incidência de distúrbios específicos, mas não exclusiva, que ocorre nas
mulheres chamada tríade da mulher atleta também aumentou. A tríade, embora seja
mais comum na população atlética, pode também ocorrer em amadores e não
atletas. Esta tríade foi descrita pela primeira vez na reunião do American
College of Sports Medicine (ACSM) em 1993. Os componentes
são: desordem alimentar, hormonal (amenorreia) e óssea
(osteopenia/ osteoporose).
Nem todos
as pacientes têm os três componentes da tríade. Dados mais recentes sugerem que
mesmo tendo apenas um ou dois elementos a probabilidade de lesões aumenta
consideravelmente.
Nem todos as pacientes têm os três componentes da tríade. Dados mais
recentes sugerem que mesmo tendo apenas um ou dois elementos a probabilidade de
lesões aumenta
Muitas vezes é difícil de reconhecer a tríade da mulher numa atleta.
Na verdade, o impacto total desta síndrome não pode ser mensurado até que estas
mulheres atinjam a menopausa, quando a perda óssea é acelerada.
O Comitê
Olímpico Internacional (COI) fez um consenso cujo principal objetivo era
fornecer orientações específicas para auxiliares e médicos no tratamento dos
atletas em situação de risco e/ou diagnosticados com a tríade da mulher atleta
no tratamento.
Além disso, o COI propôs a alteração do nome da tríade da mulher
atleta para "deficiência relativa de energia no esporte" ou
"Red-S” e incluem homens, que também podem ser afetados negativamente por
um desequilíbrio na disponibilidade de energia.
Eles acreditam que a mudança de nome poderia descrever com
mais precisão a miríade de problemas de saúde pela diminuição de
disponibilidade de energia, incluindo a "taxa metabólica, função
menstrual, a saúde óssea, a imunidade, a síntese de proteínas, a saúde
cardiovascular e psicológica".
O QUE FAZER
Educar os
atletas pode levar à detecção precoce da tríade da mulher atleta. Se as
mulheres sabem que a amenorreia não é um sinal positivo de treino duro, mas um
prenúncio de doença, elas podem procurar o tratamento mais cedo. Claro, a
tríade pode ter uma natureza secreta, e pelo tempo que um atleta mostra sinais
de transtornos alimentares, a educação pode não ser suficiente para ajudar
essas mulheres.
Se a população atlética geral e os prestadores de serviço em saúde
estão cientes dos sinais e sintomas desta doença, a tríade da mulher atleta tem
uma melhor chance de ser pega em seus estágios iniciais.
Os médicos
precisam educar treinadores, pais, atletas e demais profissionais que terão contato
diário com o atleta. Eles podem ser as pessoas que primeiro levantam
preocupações sobre um indivíduo em particular. Tomando o tempo para falar com a
equipe atlética sobre os sinais de alerta podem ajudar na prevenção da doença
ou capturá-la em seus estágios iniciais.
O foco principal deve ser corrigir a pedra angular da tríade da
mulher atleta que é a diminuição da disponibilidade de energia, através de uma
equipe multidisciplinar. Esta equipe pode incluir um médico, um nutricionista
esportivo, um profissional de saúde mental, um preparador físico, fisiologista
do exercício e consultores.
Recomenda-se que um atleta aumente de 20% a 30% da ingestão
calórica com uma meta de 0,5 kg de ganho de peso a cada 5-7 dias. A
normalização do peso do corpo vai ajudar na normalização da menstruação e
aumentar a saúde óssea e ajudar com o tratamento não farmacológico dos outros
componentes da tríade da mulher atleta. Mas se for necessário o médico vai
entrar com os suplementos e medicamentos para corrigir as alterações ósseas e
hormonais.
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